O VOTO DE UM RECIFENSE AUSENTE CONTRA OS ESPIGÕES NO CAIS JOSÉ ESTELITA
Houve um fato lamentável hoje no Recife. Em resumo: a Tropa de Choque entrou em ação para desalojar militantes que ocupavam uma bela área do Cais José Estelita, transformada em centro de um grande debate sobre o que se deve fazer com a cidade. ( Aos não nativos, diga-se que o terreno - que sediava armazéns da Rede Ferroviária Federal - foi arrematado em leilão, há algum tempo, por um pool de construtoras que pretendem erguer, ali, uma fileira de "espigões" residenciais e comerciais. O movimento OcupeEstelita se opõe ao destino dado à área: não quer ver aquele belo pedaço da cidade ocupada por edifícios gigantescos ). Há "n" questões envolvidas. Independentemente de qualquer coisa, este recifense ausente e observador distante pergunta: havia necessidade das cenas de violência? A resposta parece ser um "rotundo não", como diria Leonel Brizola. Pergunta-se: não haveria qualquer possibilidade de diálogo? A resposta é um rotundo sim. Se, numa hipótese remota, fosse feito um plebiscito que permitisse o voto de pernambucanos exilados da terra natal, eu votaria, sem pestanejar, contra os espigões, até por razões estéticas. Erguer torres, ali, não faria bem a uma das paisagens mais bonitas da cidade.
Visto, simbolicamente, uma camiseta onde se lê: "Não".
Posted by geneton at junho 17, 2014 01:53 PM