novembro 21, 2014

E SE AS EMPREITEIRAS DENUNCIADAS FOREM FINALMENTE DECLARADAS INIDÔNEAS E IMPEDIDAS DE PARTICIPAR DE CONCORRÊNCIAS PÚBLICAS PELOS PRÓXIMOS ANOS? ( O PEDIDO JÁ FOI FEITO )

E uma notícia importante, importantíssima, "importantaça", nesta sexta-feira: o Ministério Público pediu ao Tribunal de Contas da União que as oito empreiteiras envolvidas nas denúncias de corrupção em obras públicas sejam declaradas "inidôneas".
Como se sabe, é tudo mega-empresa. Ganham bilhões para executar obras públicas.
Se forem declaradas inidôneas, as empreiteiras ficarão proibidas de participar de concorrências para execução de obras federais pelos próximos anos. Ia ser uma punição estrondosa.
O noticiário diz que, depois do escândalo, um tema voltou a ser considerado: o fim do veto à participação de empreiteiras estrangeiras em concorrências públicas brasileiras. Hoje, como se sabe, empreiteiras estrangeiras não podem atuar no Brasil.

Um problema sério: uma mudança na legislação dependeria do Congresso. E as empreiteiras nacionais, como se sabe, derramam milhões financiando as campanhas de deputados e senadores
( além de presidentes, prefeitos e governadores, claro ). Quantos deputados, quantos senadores votariam contra o interesse das empreiteiras? É "esperar para ver" - se o tema for mesmo levado adiante.
Em meio ao atual vendaval, duas medidas históricas poderiam ser tomadas. Primeira: proibir, sim, as empreiteiras comprovadamente corruptas ( ou corruptoras ) de participar de concorrências públicas por anos e anos e anos. Segunda: abrir o mercado para empreiteiras estrangeiras ( é claro que haveria risco de outras bandidagens - mas só nos resta esperar que a ladroagem histórica não vá se repetir ).
O país espera que deputados e senadores sintonizados com a famosa "voz rouca das ruas" levantem estas duas bandeiras - pra valer. Ou seja: castigo financeiro para empreiteiras corruptoras e fim do "cartel" .
99% da população estariam a favor. Afinal, como qualquer bebê de seis meses sabe, o dinheiro embolsado por corruptos e corruptores no festival de superfaturamentos não cai do céu: vem do bolso do contribuinte - o pagador de impostos.
Uma notícia publicada nos jornais deve ter causado uma justificadíssima onda de indignação: quando tentava reaver dinheiro, a Justiça descobriu que contas bancárias de altíssimos executivos de empreiteiras tinham sido zeradas ou exibiam saldos irrisórios nos últimos dias. Conclusão óbvia número um: quem deve teme. O dinheiro foi transferido para algum abrigo "seguro".
Conclusão óbvia número dois: eis aí o que se chama de "escracho".
http://goo.gl/dhNcXP

Posted by geneton at novembro 21, 2014 10:36 AM
   
   
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