QUER SABER POR QUE A HUMANIDADE É CEM POR CENTO INVIÁVEL?
Pequenas provas cotidianas de que a humanidade é inviável: quarentões que dizem "podes crer". Cinquentões de bandana. Sessentões de rabo-de-cavalo. Setentões de cabelo pintado. Piores do que todos juntos: vintões ou trintões de arco (ou tiara ou diadema) no cabelo. Pausa para vômito incontrolável.
O chão já foi limpo. A lista segue: crianças correndo entre mesas de restaurante, sob o sorriso complacente de pais que se orgulham de ter passado adiante o DNA da estupidez. Idiotas que dizem "minto" para se corrigir no meio de uma frase. Gente que faz, no ar, sinal de aspas com os dedos. Peruas que exibem peitos inflados de silicone como se fossem um prodígio da natureza - quando são um atestado ambulante de imbecilidade aguda. Amebas motorizadas que avançam o sinal: panacas, panacas, panacas. Carioca imitando sotaque nordestino depois de passar uma semana nas terras além-Bahia para parecer "primitivo" e "brasileiro de raiz". Nova golfada. Dois comprimidos de Plasil.
A lista daria para encher cinqüenta volumes de uma enciclopédia. Farei um esforço para reunir - aos poucos - o maior número possível de provas científicas da inviabilidade deste aberração genética também conhecida como espécie humana. Um dia, apresentarei o rol de provas condenatórias ao desocupado que criou esta joça.
O meu amigo e guru Joel Silveira (ver entrevistas) disse uma vez que preferiria não participar de uma noite de autógrafos sugerida pela Editora para um dos dois livros que fizemos juntos - o "Nitroglicerina Pura". Motivo: "Não quero ir. Ela pode aparecer por lá". Perguntei : "Ela quem? ". E ele: "A espécie humana! Quero distância!".
Idem.
É óbvio que, nesta categoria, não incluímos os navegantes que se dão ao trabalho de aportar em sites vagabundos como este: são seres generosos que merecem zelo e atenção.
Então, welcome, strangers. Mas, por favor, demorem pouco. Falem baixo. Cuidado para não tropeçar: há um morto-vivo estendido no chão da sala. Not surprisingly, it´s me.
Posted by geneton at janeiro 10, 2006 04:23 PM